As avaliações na Educação Básica são essenciais para a garantia da aprendizagem dos estudantes. Permitem tanto mensurar o que foi, de fato, aprendido, como fornecem insumos para o próprio processo de aprendizagem. Além disso, os resultados das avaliações oferecem subsídios para elaborar, monitorar e melhorar as políticas educacionais com base em evidências. A seguir, veja os materiais, notícias, análises e boas práticas sobre avaliações selecionados pelo Movimento pela Base:

Saeb e Ideb 2021: distorções de medida ou impactos no que é medido?

Análise de Reynaldo Fernandes, professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, afirma que “Se a pandemia e as ações adotadas para lidar com ela não afetaram a medida em si, ainda que tenham reduzido as reprovações, não haveria que se falar em distorção, resultados artificiais ou coisa parecida. A medida estaria capturando o que ocorreu nas escolas durante a pandemia.” Clique para ler.

Guia apoia desenvolvimento de instrumentos avaliativos alinhados à BNCC

O Guia da Ação Avaliativa, elaborado pelo Centro de Avaliação e Políticas Públicas Educacionais (CAEd), da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com a Fundação Lemann, foi criado para apoiar professores com orientações para a elaboração e aplicação de instrumentos de avaliação alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com ênfase nas avaliações formativas. Estas são as avaliações que acontecem durante a aprendizagem, e permitem aos professores acompanhar o progresso de cada estudante, apresentando devolutivas que os ajudem a alcançar as aprendizagens esperadas. Para isso, o guia apresenta diferentes modelos de avaliações formativas que podem ser utilizados em sala de aula. Clique para baixar.

Analisar criticamente os resultados de aprendizagem dos estudantes brasileiros passa por compreender TRI e Escala Saeb

Análise escrita pelo IEDE mostra que aumento expressivo de alunos de desempenho extremamente alto no 5º ano nas últimas edições do Saeb sugere necessidade de revisão da escala. “Esses resultados extremos no Saeb elevam a média da etapa e podem “esconder” muitos estudantes com desempenho insatisfatório. Além disso, nos levam a questionar o quanto correspondem à realidade de aprendizagem dos estudantes brasileiros ou se estão nos induzindo a acreditar que o cenário no 5º ano é mais positivo do que de fato é. São dados que mostram a necessidade de analisarmos com cuidado as informações do Saeb e de discutirmos formas de aprimorá-lo, dada a sua importância inquestionável para a educação brasileira”, escrevem Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) e Lecticia Maggi, gerente de comunicação no Iede. Clique para ler.

[Análise] O que o Saeb revelou sobre os efeitos da Covid-19 na educação

Texto escrito por Nilma Fontanive e Ruben Klein e publicado originalmente no jornal Folha de S. Paulo em 26 de setembro, analisa os resultados do Saeb 2021. Veja um trecho “Os dados do Saeb 2021 mostram que houve queda de desempenhos dos alunos, fruto do impacto da Covid-19 na escola brasileira. A maior queda foi em leitura e escrita no 2º ano do ensino fundamental: a média de 750 em 2019 caiu para 726, cerca de meio desvio padrão, uma queda muito grande. Na matemática, a queda foi menor, de 750 para 741, ou seja, 9 pontos. Nas outras séries, houve queda também, sendo que as maiores foram no 5º ano, indicando que os alunos dos 1º ao 5º ano do fundamental foram os mais prejudicados, pois são mais dependentes da escola e seus professores.” Clique para ler.

“Futuro da educação brasileira passa por mudanças no Saeb”

Artigo assinado por Alice Andrés Ribeiro, diretora do Movimento pela Base, e publicado no jornal Nexo, indica que “Aplicação da avaliação da aprendizagem durante a pandemia exige cuidadosa contextualização dos resultados do Saeb 2021 e reforça urgência de alterações em sua estrutura”. Clique para ler.

Vídeo discute os resultados do Saeb 2021 e os próximos passos

Dia 20 de setembro, o Movimento pela Base transmitiu um vídeo ao vivo com a participação de Alice Ribeiro (diretora de articulação do Movimento pela Base), Maria Helena Guimarães de Castro (presidente do CNE, o Conselho Nacional de Educação) e da Abave (Associação Brasileira de Avaliação Educacional), e Priscila Cruz (presidente-executiva do Todos pela Educação). Os destaques da transmissão você encontra aqui e o vídeo na íntegra, neste link ou abaixo.

Panorama sobre avaliações externas

No Painel de Políticas Nacionais do Observatório, veja dados sobre Saeb 2021, Novo Saeb, IDEB, Avaliação da Educação Infantil, Novo Enem, Sinaes e Novo Encceja, e se as ações relacionadas a essas iniciativas estão em andamento ou atrasadas.

Matrizes de Referência do SAEB de 2022 e a BNCC

Em abril, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou em seu site novas matrizes de referência para o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) para que fossem aplicadas a partir de 2023. Em julho, a publicação foi retirada do ar com a justificativa da aproximação do período eleitoral. A pedido do Movimento pela Base, três especialistas renomados – Maria Inês Fini, Ruy Cesar Pietropaolo e Zuleika de Felice Murrie – elaboraram uma análise comparativa desse documento com os pressupostos e conceitos estruturantes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). De acordo com os especialistas, as matrizes de Língua Portuguesa e Matemática voltadas para os 2º, 5º e 9º anos não estão alinhadas à BNCC. Entre as conclusões, mostram que há discrepâncias sobre a nomenclatura e os critérios de organização das habilidades, e ainda pouca referência para a contextualização das aprendizagens em Língua Portuguesa.  As matrizes do SAEB utilizadas até então foram definidas em 2001 e estão defasadas. Com a publicação sobre as novas matrizes, a expectativa seria que considerassem a BNCC, homologada em 2018 para toda a educação básica. O SAEB é a principal referência que o Brasil tem hoje para conhecer como anda a aprendizagem dos estudantes e ampara a criação de avaliações externas complementares pelas redes. Por isso, é essencial que esteja alinhado à base. Como organização dedicada à implementação com qualidade da BNCC, defendemos que é imprescindível trabalhar para que o SAEB reflita as mudanças na educação brasileira e se equipare às grandes avaliações internacionais. Clique para baixar.

Desafios e alertas sobre avaliações: ENEM, SAEB e ENCCEJA

Daniel Ximenes, Sociólogo, Analista de Políticas Públicas do Gabinete Compartilhado, escreveu texto sobre o Relatório de Avaliações da Educação Básica da Comissão Externa de Acompanhamento do MEC, da Câmara dos Deputados. O material, aprovado em abril de 2022, aborda os principais desafios e alertas acerca das avaliações – ENEM, SAEB e ENCCEJA, durante o período de governo do Presidente Bolsonaro. Leia o texto aqui.

O que é urgente e crucial na reforma do Saeb

O Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, é o principal o instrumento de monitoramento da Educação Básica brasileira. Os dados também compõem o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Mas o Saeb está longe de alcançar todo o seu potencial, diz a professora Priscilla Tavares, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), neste artigo para este Observatório.

Ela detalha o assunto no relatório “O que é urgente e crucial na reforma do Saeb”, elaborado a pedido do Movimento pela Base, com diretrizes para a atualização do Saeb fundamentadas em estudos e escutas das principais referências em avaliação do Brasil, além de especialistas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. Confira o resumo executivo do relatório.  Este também foi assunto de artigo publicado no Nexo Jornal, com o título “Depois de mais de 30 anos de sua criação, o SAEB precisa ser revisto urgentemente”

A experiência de avaliação da alfabetização em escala de Lagoa Santa, em Minas Gerais

O processo avaliativo em Lagoa Santa é frequente e tem caráter diagnóstico e formativo. “Todo ano, realizamos três diagnósticos em rede. O primeiro é feito no início do período letivo e permite ao professor saber como agir no primeiro semestre. O segundo acontece em junho, antes do recesso, e é quando avaliamos o que foi possível avançar e em que será necessário agir no segundo semestre. Por fim, realizamos mais um diagnóstico entre outubro e novembro, que analisa o percurso ao longo do ciclo e auxilia o professor do ano seguinte a se preparar para a turma que ele vai lecionar”, explica a coordenadora do Núcleo de Alfabetização e Letramento da rede. Leia na íntegra sobre essa prática!

A importância das avaliações diagnósticas no retorno às aulas presenciais

Ernesto Martins Faria, diretor executivo do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), escreve neste texto: “As avaliações diagnósticas são imprescindíveis, no atual contexto, para orientar os educadores sobre quais os conteúdos que os estudantes tiveram mais dificuldade durante a pandemia e que, portanto, devem ser priorizados em sala de aula. Os dados oriundos das avaliações serão essenciais também para guiar os momentos de reforço escolar, sejam eles realizados no contraturno de aulas ou por meio de atividades à distância.”

Avaliações e a BNCC: destaques em vídeo

“É absolutamente indispensável que todas as avaliações estejam alinhadas à Base Nacional Comum Curricular”. “As avaliações servem para sinalizar como está a situação educacional, podendo orientar políticas públicas, reforço escolar e a formação de professores”. “A gente precisa de um diagnóstico qualificado para tomada de decisões”. Essas foram algumas das ideias apresentadas na transmissão ao vivo realizada em 2021 com Maria Helena Guimarães de Castro (presidente da Abave) e Ernesto Martins Faria (diretor do Iede). Confira trechos do vídeo.