A BNCC e o Novo Ensino Médio propõem uma transformação profunda na forma de promover a aprendizagem e o desenvolvimento de crianças e jovens. A partir de uma proposta de educação integral, que abrange o desenvolvimento intelectual, físico, social, cultural e emocional, os documentos colocam os estudantes no centro do processo de aprendizagem. Crianças e jovens se tornam mais ativos e participativos, sendo os protagonistas da construção do conhecimento e do desenvolvimento de competências e habilidades.

A educação integral proposta na BNCC se traduz nas 10 Competências Gerais, que partem do princípio de que os estudantes devem aprender a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores em todas as dimensões do desenvolvimento para resolver demandas complexas do cotidiano, do exercício da cidadania e do mundo do trabalho. 

Na Educação Infantil, reforçando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, a BNCC traz as interações e as brincadeiras como eixos estruturantes e estabelece seis direitos de aprendizagem – conviver, brincar participar, explorar, expressar e conhecer-se -,  que sustentam a organização curricular por Campos de Experiências.

No Ensino Fundamental, a BNCC propõe um trabalho por áreas de conhecimento, tornando os saberes mais integrados e menos compartimentos. Proposta que é aprofundada nos princípios do Novo Ensino Médio. O protagonismo do estudante e a conexão entre o que se aprende na escola e o projeto de vida de cada um ganha contornos definitivos. Os novos currículos dessa etapa dedicarão até 1.800 horas para a BNCC e pelo menos 1.200 horas para os itinerários formativos, que vão permitir aos alunos aprofundar conhecimentos conforme seus interesses e se preparar para o prosseguimento dos estudos e/ou para o mundo do trabalho.

Com a BNCC e o Novo Ensino Médio, abre-se a oportunidade de superar a aprendizagem como mera aquisição de conteúdo. É preciso ir além e oferecer a crianças e jovens uma aprendizagem mais significativa, mais conectada com os desafios do nosso tempo, mais voltada para a resolução dos problemas que afetam a todos nós como sociedade. É hora de pensar: quem são os alunos que estamos formando? E, acima de tudo: quem são os alunos que gostaríamos de formar?