Pandemia Covid-19

Alagoas inova com laboratórios de aprendizagem durante a pandemia

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Para driblar a suspensão das atividades presenciais, o estado criou uma proposta de trabalho interdisciplinar, organizada por diferentes projetos, e tendo como norte o referencial curricular estadual e a BNCC

Desde março, com o início do isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19, o estado de Alagoas trabalha com a ideia de um regime especial de atividades escolares não presenciais. O projeto ganhou o nome de Laboratórios de Aprendizagem. De início, as atividades foram formuladas com o objetivo de manter o vínculo entre os estudantes e a escola.  A grande sacada do projeto dos Laboratórios de Aprendizagem é não tentar reproduzir a distância o modelo presencial, de sala de aula. Mas sim, criar uma nova metodologia, a partir de projetos. Os professores de diferentes disciplinas fazem juntos um planejamento e fornecem aos alunos um roteiro de estudos, que vale por 15 dias. Foram pensados sete laboratórios:

  • Língua Portuguesa, com foco em leitura;
  • Matemática, com foco em resolução de problemas;
  • Ideias inovadoras, com foco em protagonismo e empreendedorismo;
  • Iniciativas sociais, com foco na busca de soluções para problemas do território;
  • Comunicação, com foco em análise de notícias e estudo de fake news;
  • Atividades lúdicas, como foco em jogos danças e brincadeiras e
  • Clube do Livro. 

Para que as escolas conseguissem validar essas atividades como dias letivos, foi preciso elaborar um plano em articulação com a comunidade para mostrar os dados de acesso, ou seja, para mostrar que os alunos efetivamente estavam participando. Uma portaria, que passou a valer desde o início de julho, estabeleceu que as atividades poderiam ser contabilizadas a partir do momento que 80% dos alunos fossem envolvidos. E a secretaria de educação está fazendo esse monitoramento junto às escolas por meio de questionários.

“Não há um caminho só. As escolas ficam livres para montar as atividades a partir do guia e estudar qual seria a melhor maneira de fazê-las chegar aos estudantes”, explica Jacielma Pereira Leite, Gerente de Desenvolvimento Educacional do Núcleo Estratégico de Acompanhamento Pedagógico.  

E as escolas realmente se mobilizaram para fazer os roteiros de atividades chegarem aos alunos. “Algumas entregavam os materiais em supermercados para as famílias retirarem na hora de fazer as compras. Outras, conversaram com agentes de saúde que faziam chegar os roteiros às famílias”, afirma.

A criação dos laboratórios de aprendizagem acarretou também na criação de diários de bordo, um recurso para que os estudantes registrem as atividades e aprendizagens, que serve como instrumento de avaliação para os professores.

 

 

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