Colaboração. Diálogo. Foco no estudante. Estes foram os pilares do processo de construção e aprovação do referencial curricular mineiro para o Ensino Médio, tema da transmissão ao vivo realizada pelo Movimento pela Base no dia 12 de maio. Participaram:

– Felipe Michel Braga, vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais;

– Geniana Guimarães Faria, Secretária de Estado Adjunta de Educação de Minas Gerais;

–  Ermelindo Martins Caetano, secretário de Educação do município de Santa Luzia (MG) e representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de Minas Gerais na Comissão de Acompanhamento da Implementação do referencial curricular do Ensino Médio do estado;

–  Zuleica Reis Ávila, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais, o Sinep.

Confira a transmissão na íntegra aqui. Abaixo, os melhores momentos:

Regime de Colaboração entre redes

O início do processo de construção do documento deu-se em 2019 e trouxe muitos desafios, tanto da perspectiva pedagógica, quanto estrutural. Foi preciso promover discussões em muitas frentes, incluindo a escuta de 250 mil jovens do Ensino Médio e  a participação dos professores em duas consultas públicas.  “Tivemos a felicidade de ter um currículo construído de forma coletiva por aqueles que vão vivenciar o processo do Novo Ensino Médio”, falou Geniana Guimarães Faria, Secretária de Estado Adjunta de Educação de Minas Gerais.

Para ela, a Undime também teve um papel importante, por meio do regime de colaboração, em uma parceria iniciada na construção dos currículos de Educação Infantil e Ensino Fundamental e aprofundada na construção do referencial do Ensino Médio. “Além de pensar em um regime de colaboração entre entes federados, conseguimos pensar em um regime de colaboração entre redes”, conta. A participação das escolas particulares e das universidades também foi essencial para construir um currículo mais abrangente, capaz de ter representatividade para todo o território. “Conseguimos homologar um currículo que abarca o sistema de ensino de Minas Gerais. Os alunos transitam entre as redes. É preciso ter um currículo que indique o que eles precisam aprender”, resume.

As inovações dos novos currículos

Para o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, Felipe Michel Braga, o referencial curricular mineiro apresenta duas grandes inovações, a partir da proposta do Novo Ensino Médio: flexibilidade e protagonismo juvenil. “O currículo era inflexível, com uma trajetória fixa pela qual todos os alunos teriam que passar. Com os itinerários, ganhamos flexibilidade”, ressaltou. De acordo com ele, há previsão de oferta de dois itinerários por escola, com a possibilidade de parcerias entre as instituições para ampliar as possibilidades de escolha.

Felipe ressaltou também o papel do Conselho Estadual de Educação na elaboração de diretrizes para que o referencial funcione na prática. “Encerrada a comissão de acompanhamento, o CEE passou às normativas para pensar todo o outro arcabouço de orientação para que as inovações do Novo Ensino Médio sejam possíveis”, explicou.

O papel dos professores

“A participação do Sinep reforça que a educação deve acontecer independente de ser púbica ou privada. (…) Temos que pensar no aluno e na formação do professor, que precisa aprender a ensinar nesse novo formato”, reforçou Zuleica Reis Ávila, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais, o Sinep. Foram 24 profissionais de escolas particulares que se debruçaram para a leitura crítica do documento e todas as escolas particulares tiveram a oportunidade de indicar um professor de alguma área para participar da avaliação do referencial.

Escuta e parceria

“Se não houver entrosamento, diálogo, respeito e, principalmente, se aqueles que fazem tudo acontecer na ponta não tiverem o conhecimento de tudo o que foi desenvolvido, não há como funcionar. (…) Essas mudanças precisam ser tratadas como uma processo de aprendizagem educacional e cultural”, afirmou o secretário de Educação do município de Santa Luzia (MG) e representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Ermelindo  Martins Caetano. Ele ressaltou ainda que as diferenças regionais entre os 853 municípios precisam ser respeitadas no documento e que a participação dos municípios foi fundamental.

 

Confira a transmissão na íntegra aqui.

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