A formação dos professores de língua inglesa em Manaus precisou ser adaptada com a chegada do coronavírus em 2020. O calendário de encontros entre escolas e secretaria foi reduzido, passou a ser totalmente a distância, e dividiu a atenção com formações de outros temas, como os mais voltados para o socioemocional.
Por outro lado, uma rede de apoio aos educadores de inglês foi intensificada, com um ativo grupo de Whatsapp para que os profissionais tirem dúvidas e troquem experiências, e a criação de uma sala no Google Classroom para postagem de materiais e propostas. “Estamos a todo momento em contato, e essas formas de diálogo são reforçadas nos três encontros online que temos previstos até agosto”, conta Andreza Lago, educadora com 25 anos de experiência que realiza formação continuada na Secretaria Municipal de Educação de Manaus para os 200 professores de língua inglesa da rede.
O trabalho de Andreza e dos professores do 6º ao 9º anos segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Referencial Curricular Amazonense, construído em regime de colaboração entre estado e municípios. “A BNCC trouxe muito boas contribuições para o ensino do idioma, no trabalho com competências e habilidades e cinco eixos: oralidade, leitura, escrita, conhecimentos linguísticos e dimensão intercultural. Fica claro que o objetivo principal é possibilitar que o aluno consiga se comunicar nessa língua, com produção oral e escrita”, explica Andreza.
No município, os profissionais tiveram diversas formações para entendimento e reflexão sobre a BNCC e o referencial estadual entre 2018 e 2020 (como registrado na foto do topo deste texto) e agora se preparam para a implementação do currículo de Manaus, que traz algumas especificidades para o inglês, levando em conta a vocação turística do município.
Outro reflexo da BNCC é o trabalho coletivo entre os educadores da área de Linguagens – que, além da Língua Inglesa, inclui Língua Portuguesa, Arte e Educação Física. “A aprendizagem não é fragmentada, e sim um processo integrado de áreas de conhecimento. Uma complementa a outra e possibilita experiências mais significativas e eficientes”, diz. “A língua inglesa é uma língua franca, utilizada para comunicação em todo o país, e não uma língua estrangeira sem uso local. Aprimorar os conhecimentos de idioma é muito bem-vindo e faz a diferença no cotidiano”, afirma.
