No dia 18 de abril, a Comissão de Educação do Senado organizou a 2º audiência para debater as diretrizes para a política nacional do Ensino Médio. O Movimento pela Base teve um espaço de fala, representado pelo nosso Gerente de articulação e advocacy, João Paulo Cêpa, que apresentou reflexões e recomendações para o avanço e aprimoramento da etapa, considerada a mais crítica da Educação Básica.
“Olhar para o Ensino Médio é olhar para o futuro do Brasil”. João Paulo Cêpa, gerente de articulação e advocacy do Movimento pela Base
Cêpa destacou a urgência de superar os desafios históricos enfrentados pelo Ensino Médio, que por muito tempo se viu estagnado em um currículo rígido, fragmentado e marcado por altas taxas de evasão. Esse cenário, além de perpetuar lacunas de aprendizagem, também favorecia desigualdades regionais e marginalizava juventudes vulneráveis. “Estamos diante de uma oportunidade ímpar de transformação com a implementação do Novo Ensino Médio“, afirmou em relação à nova estrutura proposta para a etapa.
O Movimento pela Base considera que há quatro pilares fundamentais que devem nortear uma política educacional capaz de responder aos desafios enfrentados pela juventude brasileira. São eles:
- a Formação Geral Básica (FGB), ancorada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como garantia de um conjunto de aprendizagens essenciais a todos os estudantes, independentemente de sua trajetória ou contexto.
- a ampliação do tempo integral, defendendo um pacto pela sua expansão, bem como a importância da flexibilidade e do poder de escolha, elementos que devem permear uma arquitetura curricular capaz de atrair e engajar os estudantes.
- a integração do Ensino Médio com o mundo do trabalho como um ponto de atenção, reconhecendo a relevância de preparar os jovens não apenas para os desafios acadêmicos, mas também para os desafios e oportunidades do mercado profissional.
- preservar o direito à escolha dos estudantes, baseado em parâmetros factíveis, para não aprofundar as desigualdades. Na prática, é preciso ressaltar a importância de garantir Itinerários Formativos com qualidade e um Ensino Médio que também olhe para a Educação Profissional Técnica (EPT).
Diante desses pontos, o Movimento pela Base reafirma seu compromisso com uma educação de qualidade, inclusiva e transformadora, e se coloca como um agente ativo na promoção de um Ensino Médio que seja verdadeiramente significativo, inovador e com qualidade para todos os estudantes brasileiros.
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