A educação integral vai muito além do ensino de conteúdos acadêmicos ou da quantidade de tempo que se passa na escola, ela abraça a ideia de promover o crescimento global dos estudantes. A educação integral trata-se do desenvolvimento dos estudantes em cinco dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural.
Educação integral e as competências gerais
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece diretrizes fundamentais para essa abordagem, delineando as 10 Competências Gerais que vão desde o estímulo ao conhecimento até a promoção de cultura digital. São elas:
- Conhecimento;
- Pensamento científico, crítico e criativo;
- Repertório cultural;
- Cultura digital;
- Comunicação;
- Trabalho e projeto de vida;
- Argumentação;
- Autoconhecimento e autocuidado;
- Empatia e cooperação;
- Responsabilidade e cidadania.
Como já vimos antes, o conceito de competência implica em mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana. Elas são chamadas de competências gerais pois não se aplicam a uma etapa específica da Educação Básica ou mesmo a um componente curricular, mas são transversais às práticas pedagógicas.
E o que é tempo integral?
Por outro lado, quando mencionamos tempo integral, referimo-nos à permanência dos alunos na escola por longos períodos diários, ocupando até dois turnos completos, que pode variar de 7 a 9 horas por dia. Essa prática busca proporcionar não apenas educação formal, mas também oportunidades de interação, experiências enriquecedoras e construção de relações significativas.
Qual a relação entre educação integral e tempo integral?
A compreensão da escola como um espaço de convívio, troca e experiência é fundamental. Considerando a vulnerabilidade econômica de muitos estudantes brasileiros, o tempo integral emerge como uma ferramenta viável para viabilizar a educação integral. Oferecer esse período estendido na escola é uma maneira de proporcionar mais do que apenas aprendizagem, mas também um ambiente propício ao desenvolvimento amplo dos jovens.
No entanto, concretizar a educação integral requer um esforço coletivo. É necessário que todos os elementos do sistema educacional estejam alinhados, desde políticas públicas até práticas pedagógicas, gestão escolar, materiais didáticos e formações de professores. Somente com um compromisso intencional em promover o desenvolvimento integral, será possível garantir uma implementação efetiva da educação integral em nosso sistema educacional.