A educação integral vai muito além do ensino de conteúdos acadêmicos ou da quantidade de tempo que se passa na escola, ela abraça a ideia de promover o crescimento global dos estudantes. A educação integral trata-se do desenvolvimento dos estudantes em cinco dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. 

Educação integral e as competências gerais

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece diretrizes fundamentais para essa abordagem, delineando as 10 Competências Gerais que vão desde o estímulo ao conhecimento até a promoção de cultura digital. São elas:

  1. Conhecimento;
  2. Pensamento científico, crítico e criativo;
  3. Repertório cultural;
  4. Cultura digital;
  5. Comunicação;
  6. Trabalho e projeto de vida;
  7. Argumentação;
  8. Autoconhecimento e autocuidado;
  9. Empatia e cooperação;
  10. Responsabilidade e cidadania.

Como já vimos antes, o conceito de competência implica em mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana. Elas são chamadas de competências gerais pois não se aplicam a uma etapa específica da Educação Básica ou mesmo a um componente curricular, mas são transversais às práticas pedagógicas.

 

E o que é tempo integral?

Por outro lado, quando mencionamos tempo integral, referimo-nos à permanência dos alunos na escola por longos períodos diários, ocupando até dois turnos completos, que pode variar de 7 a 9 horas por dia. Essa prática busca proporcionar não apenas educação formal, mas também oportunidades de interação, experiências enriquecedoras e construção de relações significativas.

Qual a relação entre educação integral e tempo integral?

A compreensão da escola como um espaço de convívio, troca e experiência é fundamental. Considerando a vulnerabilidade econômica de muitos estudantes brasileiros, o tempo integral emerge como uma ferramenta viável para viabilizar a educação integral. Oferecer esse período estendido na escola é uma maneira de proporcionar mais do que apenas aprendizagem, mas também um ambiente propício ao desenvolvimento amplo dos jovens.

No entanto, concretizar a educação integral requer um esforço coletivo. É necessário que todos os elementos do sistema educacional estejam alinhados, desde políticas públicas até práticas pedagógicas, gestão escolar, materiais didáticos e formações de professores. Somente com um compromisso intencional em promover o desenvolvimento integral, será possível garantir uma implementação efetiva da educação integral em nosso sistema educacional.