De acordo com pesquisa lançada em abril de 2022 pela Fundação Lemann em parceria com Datafolha, mesmo com os impactos causados pela pandemia, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem se consolidado como referência para a atividade docente e priorização das aprendizagens essenciais. A BNCC, homologada em 2017 para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental e em 2018 para o Ensino Médio, indica os direitos de aprendizagem essenciais a todos os estudantes e é ponto de partida para a elaboração dos currículos nas redes.
A pesquisa mostra que a maioria dos professores (73%) indica que a BNCC tem muita relevância para a qualidade da educação brasileira, além de concordar totalmente ou em parte com a afirmação de que a BNCC ajuda a planejar aulas mais engajadoras (81%) e favorece o diagnóstico da aprendizagem dos alunos (83%).
Em relação ao período da pandemia, 53% veem a BNCC como muito útil e 86% afirmam ter recebido de suas redes propostas para priorizar as aprendizagens previstas no currículo para orientar o ensino.
O levantamento ouviu 967 educadores que lecionam nas redes públicas (municipais e estaduais), sendo 371 para os anos iniciais do Ensino Fundamental, 353 para os anos finais do Ensino Fundamental e 243 para o Ensino Médio nas cinco regiões do país, com amostra representativa nacionalmente. As entrevistas foram realizadas por telefone entre novembro e dezembro de 2021 e a margem de erro é de 3 pontos percentuais. Essa é a segunda pesquisa do tipo realizada pela Fundação Lemann, a primeira ocorreu em 2020.
Conheça os destaques da pesquisa
Do total de entrevistados do Ensino Fundamental e Médio, 53% veem a BNCC como muito útil durante a pandemia, índice semelhante ao da pesquisa de 2020 (50%). Há destaque para a percepção positiva dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental (70%).
73% dos professores afirmam que a BNCC tem muita relevância para a qualidade da educação:
Os educadores também foram questionados sobre a utilidade da BNCC para planejamento, engajamento, referência de ensino e diagnóstico de aprendizagem. Durante a pandemia, 86% dos professores receberam das redes de ensino propostas para priorizar as aprendizagens previstas no currículo com o objetivo de orientar o ensino.
Veja as respostas, mostrando porcentual de quem concorda totalmente ou em parte:
Na pesquisa, 51% dos professores de Ensino Fundamental e Médio consideram que são adequadamente informados sobre a BNCC, enquanto 41% se definem como razoavelmente informados.
Menos profissionais se consideram bem informados nas regiões Norte (39%) e Nordeste (44%).
A pesquisa mostra ainda que a grande maioria dos professores do Ensino Fundamental informa-se sobre as mudanças no referencial curricular com os gestores da própria escola onde atuam e em formações das secretarias de educação, conforme abaixo:
Embora a maioria dos professores da pesquisa concordem que saber os direitos de aprendizagem a cada ano é importante para seu planejamento e para os estudantes e as famílias acompanharem o ensino oferecido, nem todos se consideram totalmente aptos a promover esses direitos e usá-los para correção de defasagens. Veja a porcentagem de concordância ou discordância para as afirmações abaixo indicadas pelos professores do Ensino Fundamental:
Sobre a pesquisa
967 professores de redes públicas, estaduais e municipais.
Tempo médio de carreira: 17,6 anos.
Saiba mais sobre a pesquisa
Quer saber mais? Acesse abaixo o arquivo de apresentação da pesquisa realizada em 2021 na íntegra e conferir todos os dados do levantamento.
Para ver os destaques da pesquisa realizada em 2020, acesse o texto de divulgação no site da Fundação Lemann.